segunda-feira, 29 de junho de 2009

Campanha Verde1


Houve um tempo não tão distante (há mais ou menos 15 anos atrás) em que alguns lojistas ou “shoppings” distribuíam Pintinhos coloridos para as crianças, como forma de atração; elas se divertiam com os Pintinhos azuis, verdes, vermelhos (escolhiam a cor) que ganhavam. Hoje, Imagino que era como dar um bebê para um gorila, crianças de três, seis anos espremendo e jogando o bichinho como se fosse um brinquedinho. Invariavelmente o destino destes Pintinhos era a morte, seja por maus tratos, seja por sede ou inanição, seja por abandono nas ruas. Mas, na época, não se pensava nisso, apenas na diversão das crianças, sua experiência no ponto de vendas, e na sua atração.
Hoje seria impensável fazer uma promoção destas, pela conscientização das pessoas. E aí surge a consciência verde. Será que distribuir mudas de arvores, plantas ou flores, não seria a mesma coisa?
Certa vez ganhei uma muda de uma arvore, de uma empresa que eu trabalhava. Hoje ela está plantada na calçada da rua em frente à casa que moro, ainda jovem em crescimento, com seus nove anos de vida. Caso o destino das plantas distribuídas em uma promoção fosse este, não haveria melhor fixação de imagem e lembrança de marca por longo período.
Agora, o que aconteceria se as promoções neste sentido fossem banalizadas, não estaríamos reeditando as “mortes dos Pintinhos”? Ou será que as mudas que sobrevivessem e fossem efetivamente plantadas, compensariam o custo de milhares de perdas? Ou estaríamos mesmo assim contribuindo para a evolução mais rápida da consciência verde? Temos de pensar no assunto...
De qualquer modo, hoje uma campanha de distribuição de mudas é bem vista, demonstra uma preocupação com a qualidade de vida, principalmente futura. É uma campanha fácil de operacionalizar e relativamente barata, com demanda de análise de como o retorno possa ser mais efetivo e duradouro, sempre bom lembrar que como toda campanha, ela precisa de uma dinâmica comercial.

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